Durante muito tempo a Psicologia se interessou por bases comportamentais do ser humano para procurar entende-lo.
Essa escola de pensamento recebeu o nome de behaviorista ou comportamentalista e teve em John B. Watson seu principal defensor vindo a ser conhecido como behaviorismo clássico, muito embora Skinner iria representar uma outra ala de um pensamento mais radical..
Em geral os behavioristas acreditavam que o ser humano era controlado totalmente por condicionamentos externos, a exemplo das teorias do russo Ivan Pavlov que fez experiências com cães onde ao apresentar comida para eles, salivavam. Depois trazia a comida e apertava um sinal. Passado um tempo, tirou a comida, mas os cachorros quando escutavam o sinal salivavam. Portanto tinham sido condicionados a terem aquele comportamento. Partindo dessa ideia, os behavioristas acreditavam que podiam através de estímulo e resposta condiconar o comportamento de qualquer ser humano.
Percebemos que essa teoria reduzia a pessoa a seu comportamento. Questões subjetivas como sentimentos, vontade , pensamentos, percepção, não eram levados em conta..
Bastava reforçar atitudes positivas para alcançar comportamentos desejáveis e dar respostas negativas a maus comportamentos, de maneira que eles acabassem por desaparecer.
Nossa educação pensou o ser humano dessa maneira , por muitos anos, e até mesmo hoje, convivemos com resquícios dessas ideias em nossas escolas, nos lares, nas igrejas, enfim na sociedade.
Alguns anos se passaram e Alfred Binet criou o famoso teste de QI, embora não fosse exatamente a ideia que o cientista queria para sua experiência,ela foi usada para conceber a inteligência como algo genético, que teria uma grandeza determinada em cada pessoa e que aqueles que nasciam com alto quociente eram sortudos enquanto os outros nada podiam fazer.
Mas havia muitos outros cientistas pesquisando e contestando tais afirmações.
Daniel Golleman , no início dos anos 80 lançou o livro a Inteligência emocional, onde postulava a existência de outros fatores que faziam de alguém inteligente, além de simples testes de aferição lógica matemática.
Finalmente, nos tempos atuais temos uma outra teoria sobre a inteligência.
Hovard Gardner cientista americano há mais de 30 anos em estudos lançou um livro com o título de Inteligências múltiplas.
Nessa teoria o autor postula que temos oito tipos de inteligência : a lógica-matemática,a linguística a espacial,a corporal cinestésica a musical, a intra pessoal, a interpessoal, a naturalista
Assim a lógica-matemática é a capacidade de lidar com números, a linguística a facilidade em redigir e compreender diversos gêneros textuais a espacial, facilidade com mapas, localização, a cinestésica , o talento em expressar-se com o corpo,a intrapessoal , talento para gerenciar seu mundo interior, a interpessoal, facilidade em fazer amigos e se comunicar, a naturalista, própria de biólogos que conseguem ter contato com a Natureza e seus ecossistemas. O autor ainda teoriza sobre uma nona inteligência que seria a existencial, própria de místicos e religiosos.
Apesar de a teoria não poder se valer de medições de cada tipo de inteligências, foi recebida com entusiasmo por muitas escolas e educadores que implantaram seus preceitos.
Acredito que temos uma capacidade infinita que nos foi dada pelo Criador, e que se bem direcionados poderemos alcançar níveis jamais pensados pelo ser humano.
Prefiro pensar que temos muitas inteligências e que podemos desenvolve-las. É claro que não seremos bons em todas, mas conseguiremos melhorar e muito nossa performance.
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