Somos livres? Temos a capacidade da escolha, temos liberdade para sermos e fazermos o que quisermos?
A questão do livre arbitrio sempre esteve nos debates em todos os tempos. De um lado, os defensores da total liberdade humana da escolha, de outro pensadores que acreditavam que a liberdade estava condicionada a diversos fatores e que portanto não somos livres totalmente.
Sartre, filósofo existencialista acreditava que o homem estava determinado a liberdade por isso era dono de sua vida. Ao se fazer ser humano através de sua existência a pessoa teria o direito de escolher seus próprios valores, sua maneira de ser e agir no mundo.
Freud , com a teoria do inconsciente postulava, que atrás de nossa pretensa "liberdade" de escolha, estariam forças subjacentes a consciência que determinariam nossas ações, portanto nossa liberdade seria limitada.
Um artigo curioso da Revista Superinteressante sobre a Teoria da Relatividade de Albert Einstein também trabalha com a ideia de que o livre arbítrio não existe, porque de acordo com a teoria se supusermos um observador no futuro, este já viu todas as coisas acontecendo, inclusive o momento de seu nascimento e de sua morte. Tudo estaria imprimido em um rolo , como os de filmes do cinema, onde passado, presente e futuro estão juntos.
Uma experiência feita no Centro Bernstein de Neurociência Computacional, em Berlim, também colocou em xeque o que costumamos chamar de livre-arbítrio: a capacidade que o homem tem de tomar decisões por conta própria. As escolhas que fazemos na vida são mesmo nossas. Mas não são conscientes. Voluntários foram colocados em frente a uma tela na qual era exibida uma seqüência aleatória de letras. Eles deveriam escolher uma letra e apertar um botão quando ela aparecesse. Simples, não? Acontece que, monitorando o cérebro dos voluntários via ressonância magnética, os cientistas chegaram a uma descoberta impressionante. Dez segundos antes de os voluntários resolverem apertar o botão, sinais elétricos correspondentes a essa decisão apareciam nos córtices frontopolar e medial, as regiões do cérebro que controlam a tomada de decisões. “Nos casos em que as pessoas podem tomar decisões em seu próprio ritmo e tempo, o cérebro parece decidir antes da consciência”, afirma o cientista John Dylan-Haynes.
Diante de todos esses argumentos podemos inferir que se existe alguma "liberdade" ela é bastante limitada e condicionada há uma série de variáveis que não estão sob nosso controle.
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