Procuramos hoje e sempre, formulações para abstrações que utilizamos em nosso cotidiano, porque somos seres que buscam sentidos em tudo o que fazemos.
Dessa forma, a questão da Justiça é importante para a sociedade, em função de a partir dessa conceituação, podermos agir norteados por uma ideia que legitime nossa ação.
Há muitas definições sobre o assunto, e acredito que atualmente o que se traduz como tal, seria o pensamento de que para alcançarmos um País onde exista de fato, um ambiente igualitário para todos, faz se necessário que opere um Direito, um conjunto de Leis, que defina a cada um seu lugar dentro do coletivo. Dito de outra forma, Justiça se faz com leis, e boas leis, que permitam a grupos sociais se manterem em certa harmonia dentro do campo social.
Entendemos pela experiência que isso seria apenas o ideal, que nas relações quotidianas o que prevalece ,na maioria das vezes é o poder pessoal e econômico, legando aos mais pobres a exclusão e a impossibilidade de encontrarem equidade.
Na Antiguidade, também se argumentava a respeito do que seria um indivíduo justo. Se nos espelharmos nos gregos, que foram na visão da História Ocidental, aqueles que deram início ao que conhecemos como civilização nessa parte do Planeta, Sócrates por exemplo, entendia o problema como algo a ser esquadrinhado, além é claro da premissa de que fundamentalmente existia, no mundo ideal um puro conceito do que seria Justiça.
Há bons atos, existem leis humanitárias entre nós, mas jamais serão produções perfeitas.
Por outro lado, na República de Platão temos o conhecimento através do qual, para que alguém fosse considerado justo deveria viver de acordo com a sua missão de vida.
Explico. Na idealização cósmica do mundo imaginada pelos gregos, estamos em um Kosmos perfeito e finito, onde leis gerais determinavam tudo o que aconteceria.
Nesse sistema, nos encaixaríamos em uma "engrenagem", e m ao descobrir nosso lugar no Kosmos , deveríamos viver, alcançando assim a eudaimonia.
Isso seria cumprir sua missão.
Na cidade perfeita imaginada por Platão, não seria diferente. Ser justo era, simplesmente atuar em função de suas capacidades , sabendo exatamente seu lugar no Universo, agir de acordo com essa ideia.
Portanto, não se intrometendo no espaço do outro e procurando a excelência naquilo que faz teríamos uma sociedade perfeita, justa.
Parece bem diferente do que apreciamos hoje por Justiça, onde muitos a entendem no sentido de dar a cada um segundo a sua capacidade e necessidade.
E você? Qual sua posição a respeito do tema, e como poderia se alinhar com tantas outras percepções sobre o assunto?
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