segunda-feira, 27 de julho de 2020

SEGUNDO SOL


O Segundo Sol  Cássia Eller
Qyando o segundo sol chegar Para realinhar as órbitas dos planetas
Derrubando com assombro exemplar O que os astrônomos diriam
Se tratar de um outro cometa  Quando o segundo sol chegar
Para realinhar as órbitas dos planetas Derrubando com assombro exemplar
O que os astrônomos diriam Se tratar de um outro cometa
Não digo que não me surpreendi Antes que eu visse você disse
E eu não pude acreditar  Mas você pode ter certeza
De que seu telefone irá tocar Em sua nova casa Que abriga agora a trilha
Incluída nessa minha conversão   
Eu só queria te contar        Que eu fui lá fora
E vi dois sóis num dia         E a vida que ardia sem explicação
Quando o segundo sol chegar  Para realinhar as órbitas dos planetas
Derrubando com assombro exemplar O que os astrônomos diriam
Se tratar de um outro cometa               Não digo que não me surpreendi
Antes que eu visse, você disse              E eu não pude acreditar
Mas você pode ter certeza                     De que seu telefone irá tocar
Em sua nova casa  Que abriga agora a trilha Incluída nessa minha conversão
Eu só queria te contar Que eu fui lá fora E vi dois sóis num dia
E a vida que ardia sem explicação            Seu telefone irá tocar
Em sua nova casa  ue abriga agora a trilha Incluída nessa minha conversão
Eu só queria te contar Que eu fui lá fora E vi dois sóis num dia
E a vida que ardia sem explicação  Explicação, não tem explicação
Explicação, não  Não tem explicação Explicação, não tem Não tem explicação Explicação, não tem Explicação, não tem Não  tem

segunda-feira, 20 de julho de 2020

TESTEMUNHA TRANQUILA



O camarada chegou assim com ar suspeito, olhou pros lados e – como não parecia ter ninguém por perto – forçou a porta do apartamento e entrou. Eu estava parado olhando, para ver no que ia dar aquilo. Na verdade eu estava vendo nitidamente toda a cena e senti que o camarada era um mau caráter.
E foi batata. Entrou no apartamento e olhou em volta. Penumbra total. Caminhou até o telefone e desligou com cuidado, na certa para que o aparelho não tocasse enquanto ele estivesse ali. Isto – pensei – é porque ele não quer que ninguém note a sua presença: logo, só pode ser um ladrão, ou coisa assim.
Mas não era. Se fosse ladrão estaria revistando as gavetas, mexendo em tudo, procurando coisas para levar. O cara – ao contrário – parecia morar perfeitamente no ambiente, pois mesmo na penumbra se orientou muito bem e andou desembaraçado até uma poltrona, onde sentou e ficou quieto:
– Pior que ladrão. Esse cara deve ser um assassino e está esperando alguém chegar para matar – eu tornei a pensar e me lembro (inclusive) que cheguei a suspirar aliviado por não conhecer o homem e – portanto – ser difícil que ele estivesse esperando por mim. Pensamento bobo, de resto, pois eu não tinha nada a ver com aquilo.
De repente ele se retesou na cadeira. Passos no corredor. Os passos, ou melhor, a pessoa que dava os passos, parou em frente à porta do apartamento. O detalhe era visível pela réstia de luz, que vinha por baixo da porta.
Som de chave na fechadura e a porta se abriu lentamente e logo a silhueta de uma mulher se desenhou contra a luz. Bonita ou feia? – pensei eu. Pois era uma graça, meus caros. Quando ela acendeu a luz da sala é que eu pude ver. Era boa às pampas. Quando viu o cara na poltrona ainda tentou recuar, mas ele avançou e fechou a porta com um pontapé… e eu ali olhando. Fechou a porta, caminhou em direção à bonitinha e pataco… tacou-lhe a primeira bolacha. Ela estremeceu nos alicerces e pimpa… tacou outra.
Os caros leitores perguntarão: – E você? Assistindo aquilo tudo sem tomar uma atitude? – a pergunta é razoável.
Eu tomei uma atitude, realmente. Desliguei a televisão, a imagem dos dois desapareceu e fui dormir.
(Stanislaw Ponte Preta)

quinta-feira, 11 de junho de 2020

NÃO SE SACIA A FOME LAMBENDO PÃO PINTADO

" Não se sacia a fome lambendo um pão pintado" Santo Agostinho. Estamos acompanhando mudanças profundas na maneira como a sociedade vive. Do mundo real, onde conviviamos com as pessoas, olhávamos nos olhos, as relações eram mais concretas, passamos para um mundo virtual, onde o que vale são as conexões, muitas vezes descartáveis. O consumismo tomou conta de nossos dias e mesmo aqueles que não possuem tantos recursos sentem- se hipnotizados pelos bens de consumo. A superficialidade de opiniões dos milhões de " professores" que tomaram conta das redes com ideias, palavras, vídeos de um conhecimento fast food (onde a exemplo dos alimentos, provoca saciedade e crescimento acelerado, porém esse crescimento acelerado é superficial, sem raízes, fundados mais no ego do que na Ciência) inundou as redes. É por conta disso que a profissão de Bibliotecário será uma das mais importantes do futuro, sendo necessário um curador do conhecimento para separar o superficial do que é essencial, daquilo que é mais próximo a Verdade em contraste com às fake News. Até que ponto estamos vivendo de ilusões, de promessas de um mundo tecnológico que faria a Vida no Planeta melhor, quando a esmagadora maioria dos seres humanos vive com parcos recursos e estamos assistindo a uma nova concepção da escravidão; A que é aceita, consentida, procurada em troca de smartfones, telões de Led, e outros produtos superficiais. ESTAMOS LAMBENDO O PÃO PINTADO. Essa é uma das razões pelas quais a depressão, suicídios e a ansiedade crescem no mundo.

terça-feira, 9 de junho de 2020

A PÓS PANDEMIA E OS MUNDOS PARALELOS

Estamos vivendo mundos paralelos. Mas não é o da interpretação dos muitos mundos de Everett nem o da teoria das cordas da Física Quântica É o da sociedade capitalista onde já se fazem reuniões para se discutir a PÓS PANDEMIA, sem se atentar que estamos caminhando ainda no meio do fogo do inferno. Ao invés de se criar uma estratégia para salvar milhões de vidas mo Brasil filósofos como Karnal e outros midiáticos, empresários e políticos se reúnem para discutir como será o mundo depois das milhares de mortes com certeza já contabilizada em planilhas. Tudo racionalmente pensado em ambientes assépticos
Você me questionaria dizendo ser necessário planejamento estratégico.
Concordo,mas antes tomar conta do PRESENTE, e não abandonar as pessoas a PRÓPRIA SORTE.
São essas as lideranças politicas culturais e sociais que temos.

terça-feira, 12 de maio de 2020

QUARENTENA


Qual narrativa usar para explicar essa pandemia, que trouxe uma quarentena e um distanciamento social profundos?
Estamos em plena ascensão das ideias religiosas em nosso País. O Brasil vive há alguns anos o florescimento de igrejas neopentecostais que foram "comendo pelas beiradas" ou seja, enquanto o Estado se recusava a dar suporte aos pobres da periferia os pastores com seus milhões de obreiros entravam nas casas e lares dos brasileiros e de forma bastante sutil foram implantando a visão de mundo que privilegia à crença a qualquer outra explicação da realidade.
Portanto essa pandemia é uma maneira que Deus tem de castigar os seres humanos  pelos seus pecados; No Brasil , diante do Carnaval o que dizer?
Outros em menor número usariam a ideia do aquecimento global,  desequilíbrio dos sistemas ecológicos provocada por um consumismo e por resíduos industriais que poluem os oceanos, aquecem o Planeta mudando o comportamento das correntes oceânicas, influenciando no clima , ciclo das chuvas, o que produziria um desequilíbrio ambiental favorecendo o aparecimento de vírus e sua inserção em ambientes humanos.
Pode-se simplesmente apelar para o acaso, afinal nem tudo precisa ser regido pela causalidade.
Quem sabe os espiritualistas diriam que os seres humanos estão vibrando num patamar que permite o aparecimento de doenças e epidemias.
Quaisquer que sejam as explicações as narrativas , nenhuma delas pode dar conta do sentimento de apequenamento diante da Vida. 
Planos, estratégias, visão de futuro, tudo isso precisou ser adiado e até engavetado e sabe-se lá como sairemos dessa situação, porque primeiro precisamos não ser vítimas do própiro vírus.
É célebre a frase " Crise é oportunidade", porém o que percebemos é que a Humanidade sairá dessa crise muito mais frágil, com poucos empregos, afinal os trabalhadores já estavam perdendo suas vagas para a automação e a Inteligência artificial
Da mesma forma, aqueles que ainda tinham empregos terão que se adaptar a um novo tempo, com a tecnologia ditando as regras, com a criação de home offices e menos ocupação 
Certamente sempre existem aqueles que ganharão com tudo isso, mas já são setores que estavam há anos em um estágio mais avançado, principalmente gigantes como Google, Amazon e outras empresas de tecnologia,
Será que conseguiremos nos reinventar?

terça-feira, 5 de maio de 2020

A REALIDADE DE MADHU

  • Sci-fi de ótima qualidade da autora Melissa Tobias. A realidade de Madhu tem trama envolvente, história bem pensada, além de nos prender na leitura com personagens bem construídos. Madhu tinha a missão de trazer uma nova realidade ao mundo, uma síntese entre a Realidade da Fonte, origem de todos os seres, e a Realidade Virtual criada por Lucifer. Para isso precisaria fazer um auto sacrifício em um templo submerso no grande lago de Titicaca no Peru. Ao unir seu DNA com o DNA da mãe Terra, a Terceira Realidade, a síntese entre a dualidade existente, transformaria a Terra e os seres humanos trazendo a Paz. Próximo à página 120 há o trecho que diz " Em 2020 uma pandemia, matou 3 bilhões de pessoas na Terra. Era um vírus psicossomático que infectava pessoas com baixa vibração, que não tinham a consciência do amor ao próximo". Um livro fantástico, que além da história cria um repertório cultural muito bom no leitor, porque na obra existem diversas referências a cultura ocidental, aos sumérios e principalmente a Índia. Recheado de conceitos de espíritualidade indiana. Ótima leitura para os tempos atuais!!!

domingo, 22 de dezembro de 2019

INVESTIR EM HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS

   Quando em 1999  assistimos o filme Matrix, muitos viram  o futuro da Humanidade, ou seja, em síntese a luta entre as máquinas e o homem.
Passados 20 anos do primeiro filme, e inseridos em uma transição tecnológica nunca vista antes na história (se bem que como nas palavras de Alvin Tofler a Primeira Onda , a Revolução Agrícola foi profunda e remodelou todo o contexto em que o homem  vivia) estamos diante de uma situação no mínimo complicada: Como dar continuidade a nossa vida profissional, de maneira que não sejamos removidos de nossas funções por pessoas mais qualificadas ou em último caso pela IA?
A questão não é somente buscar a requalificação profissional, porque a enfase do mercado está focado em uma transformação digital que não é fácil de ser assimilada por profissionais com mais de 40 anos, que normalmente tem sedimentado noções, comportamentos conceitos que não podem ser simplesmente jogados fora, e inseridos outros conceitos. Nosso cérebro não funciona dessa maneira, seria preciso um bom tempo para tentar reaprender novas habilidades.
Da mesma forma quando se fala em desenvolver habilidades socioemocionais elas não podem estar segmentadas, mas virem acompanhadas igualmente de uma estrutura cognitiva fundamentada em habilidades técnicas específicas: De nada adianta um profissional empático, tolerante, que saiba negociar, sem no entanto possuir um cabedal de conhecimentos técnicos próprios de sua área de atuação.
Conseguir desenvolver -se cognitivamente para sair-se bem em tempos de transição,e ao mesmo tempo trazer em si qualidades emocionais e humanas é a chave . mas sem dúvida uma tarefa árdua, que não será levada a cabo, sem políticas públicas específicas, uma conscientização das pessoas da importância dessas mudanças e do lado das empresas uma mudança de mindset, enxergando seus profissionais como o grande capital de gestão.

FESTA JUNINA!

Ontem fui ao arraial de Lajeado, fazia um tempo que não ia ver as quadrilhas dançarem nas festas juninas. O povo do norte e nordeste brasile...