terça-feira, 7 de junho de 2016

PENSAR DÓI




Terminei meus estudos do Ensino Médio em 1992, na Escola LICEU PEDRO II em Sorocaba , SP, pois infelizmente , por alguns problemas pessoais, parei de estudar no primeiro ano 
colegial, quando morava em Votorantim, e provavelmente isso ocorreu, se não me falha a memória por dois motivos:
O primeiro deles pelo fato que no ano de 1982, tivemos uma tromba d!água na cidade , e com isso a situação da minha família ficou complicada , situação que nos levou a mudar do bairro com medo de novas enchentes.
 O outro motivo, um pouco melhor, aconteceu de naquele momento de aflição e tristeza e muitas incertezas, eu comecei a frequentar a Igreja do Missionário, Cruzada Nacional da Evangelização e hoje conhecida como Igreja do Evangelho Quadrangular. 
Certamente os dois motivos não eram suficientes para que eu tivesse tomado aquela atitude de parar de estudar, creio que faltou   uma posição mais forte de minha família, que nessa época já era constituída apenas de minha mãe e mais três irmãs.
Depois de muitos anos voltei, em escolas estaduais, mas tinha grande dificuldade em acompanhar as aulas, que reconhecia serem maçantes.
Resolvi, portanto, para tentar recuperar um pouco do tempo perdido fazer supletivo e em um ano e meio consegui a aprovação.
Conheci nas aulas, um aluno com o nome de Renato, e acredito que ele deveria usar  maconha, não sei exatamente, mas  destoava dos demais, por comportamentos e algumas colocações que fazia.
Uma delas, toda vez que o Professor falava para estudar ele dizia: Pensar dói. 
Era, de fato, uma frase que achávamos engraçado e ríamos.
Hoje, passados mais de 20 anos do ocorrido, recordo-me do episódio e constato que de fato o Renato estava com a razão.
Pensar dói.  E essa dor é causado porque para pensar preciso movimentar as minhas ideias, dissolver algumas, colocar outras em choque, entrar em contradição comigo mesmo, reconhecer que estava errado.... Tudo isso fere o ego.
 Neal Gabler, da Universidade do Sul da Carolina escreveu um texto no New York Times, onde aponta a mesma situação:  pessoas não estão pensando, mas simplesmente colhendo informações e repassando-as para se manterem a  tona, para se sentirem importantes dentro do seu circulo de influências. Com o advento das redes sociais isso se intensificou e hoje temos uma imensa quantidade de informação, não sendo mais possível um processamento adequado.
Já não existem tantas ideias revolucionárias  que mudam o mundo como Freud, Einstein e Marx, porque segundo o autor, o sistema capitalista aposta apenas em propostas que gerem lucro descartando as demais. .
E todos nós, em geral estamos engessados no conforto do senso comum, de evitar raciocínios mais elaborados. 
As vezes fico até a pensar que a capacidade mental da sociedade está diminuindo, não na questão genética, mas culturalmente, nas escolas, nas Universidades, onde parece existir pouco debate, e cada vez mais certezas e ideias prontas.
Certamente que debate no País é algo quase inexistente, que os diálogos que Platão nos ensinou na prática em sua filosofia, pouco sejam conhecidos, porque na maioria das vezes o que vemos são discussões acaloradas onde cada um procura com técnicas de oratória, com persuasão, invalidar o outro. Não o argumento de seu adversário, suas ideias, mas exatamente a moral, o caráter a capacidade que o antagonista teria para ter aquele pensamento.
E tais situações vão se refletindo dentro das demais instituições e vão empobrecendo o conhecimento.
De fato meu amigo Renato, até mesmo sem querer , conseguiu expressar uma grande verdade PENSAR DÓI!!!

quinta-feira, 2 de junho de 2016

MUDANÇA OU TRANSFORMAÇÃO?


A maioria de nós já ouviu a metáfora da lagarta que depois de um longo processo se transforma em borboleta, e certamente isso fala muito conosco, pois dá uma dimensão clara do que significa mudança.
Mas o que seria mudança? Nesse caso específico seria mudança de forma, ou seja, uma lagarta que a principio nos dá uma certa repugnância pelo seu aspecto, pouco a pouco vai deixando aquela aparência rústica e nos encanta com a leveza das asas da borboleta.
De um aspecto   indesejável a  uma bela estética, de uma aparência pobre de recursos, para uma forma leve, radiosa, e geradora de sentidos e alegrias.
Também mudamos... e quantas mudanças já aconteceram em nossas vidas. Desde o nosso nascimento, ainda bebés, todo o nosso físico, e a nossa estrutura psicológica foram se adaptando e se formatando aos momentos pelos quais passamos.
Até que chegamos a fase adulta, onde aparentemente nos tornamos mais "sólidos", mais comprometidos com uma identidade que sentimos prazer em ostentar.
No entanto, há vida exige muito de nós, e em vários momentos é necessário que tomemos consciência que é preciso uma revolução.
Até que ponto essas transformações significam mudanças internas, ou  somos como a borboleta que mudou apenas de forma?
Quantas vezes mudamos de ideias, para apenas outras ideias, de crenças para outras crenças, de condicionamentos para novos condicionamentos.... Não há nesse processos um aprofundamento, insights que transformem nossa psiquê, e reformulem de verdade nosso interior.
Metanoia é outro principio grego que também se refere a mudança, mas não de forma, e sim psicológica, no nosso interior, de dentro para fora.
Particularmente sou uma pessoa que leio bastante, de vários estilos desde Psicologia a Filosofia e autoconhecimento. Percebo que detenho conhecimentos básicos em muitas áreas do saber , que me dão condição de conversar de maneira competente por diversos assuntos.
No entanto, quando durmo, tenho observado que a pessoa que habita nesses mundos noturnos, parece um adolescente, com carências,  modelos de pensar, maneiras de resolver questões, baseadas em um homem que não sou mais, embora sempre acreditei que o conhecimento que detive pudesse realmente ter me transformado.
Assim percebo, que apesar do verniz , apesar de um grande conhecimento, permaneço, no mais profundo da minha alma, com um núcleo muito inconstante , como se o eu que existe no sonho não foi alcançado pelos inúmeros  livros que  li enquanto eu consciente.
Me parece que a maioria de nós, apesar de tanta leitura, de a grande maioria ser cristão, ou mesmo professar outras filosofias, de tantos estudos e artigos sobre autoconhecimento, ainda continuamos com a alma intocada!

quarta-feira, 1 de junho de 2016

UPGRADE









Quando  nos debruçamos sobre a História da humanidade vamos percebendo, que  paulatinamente  o ser humano foi buscando novas maneiras de apreender a realidade, de se relacionar com o meio de forma que pudesse sobreviver
De instrumentos rudimentares como uma faca de pedra, os homens foram inventando ferramentas de metais, que lhe deram uma condição mais avançada em relação aos outros seres vivos do Planeta, fazendo assim com que o Homo Sapiens viesse a se tornar o dominador da Natureza.
Igualmente com a Roda, com o fogo, com a invenção da Agricultura, e mais recentemente, tivemos a explosão do conhecimento tecnológico, mostrando que a mente humana parece não ter limites quando o assunto é o saber.
Paralelamente a toda essa evolução, observamos que psicologicamente continuamos vivendo a séculos atrás, e podemos usar como exemplo  dessa  verdade as idéias relacionadas ao racismo, a luta por crenças e pensamentos religiosos. Os nacionalismos, o egocentrismo , que se iniciaram há milênios, mas  parecem  estar se cristalizado na mente de milhões de pessoas.
Outro fator que demonstra essa paralisia existencial na psique humana é a dificuldade que as pessoas demonstram em relação as mudanças , situação que causa em grande parte da população mundial um desconforto e angústia profunda.
Podemos usar como analogia a informática; Há poucos anos , os computadores da Microsoft rodavam com o Windows 95 , depois 98 e assim sucessivamente até o Windows 10....  de maneira que há cada nova versão, a antiga perdia  atualizações necessárias para que continuasse sendo capaz de rodar todos os aplicativos. Sem atualizações os softwares se tornavam obsoletos e incapazes de acompanhar o desenvolvimento de programas  modernos.
Assim acontece com o nosso cérebro que como os computadores, precisa periodicamente  de novas atualizações, pois caso contrário, não conseguirá acompanhar as mudanças que estão acontecendo no mundo do trabalho, na sociedade, e em diversas instâncias do viver humano.
E essas atualizações acontecem quando lemos bons livros, e quando falo em bons quero dizer livros que nos levem a refletir, que vão contra aquilo que acreditamos, sem deixar de lado viagens por lugares que não conhecemos, assistir bons filmes, especialmente aqueles que não nos dão pistas sobre seu final, e também programas de televisão que valorizem a inteligência.

Fora disso, continuaremos sendo massa de manobra de políticas feitas apenas para alguns, sendo  apenas espectadores, barrados no grande Baile da Vida!!!

terça-feira, 31 de maio de 2016

O MAL É ONDE DEUS NÃO ESTÁ!











Talvez uma das situações mais difíceis  com que nos defrontamos desde que estamos nesse mundo é a questão do mal.
É  constrangedor ter que aceitar que se vivemos em um mundo criado por um Deus benevolente, Onipotente,  experimentamos tantas desventuras.
Epicuro ,  há séculos atrás se defrontou com essa situação e propôs o seguinte paradoxo
Ou Deus pode vencer o mal mas não quer, ou quer e não pode ou não pode e não quer ou pode e quer.
Então se quer e não pode, faltar-lhe-ia a onipotência, se no entanto não quer , mas pode então não existe nele bondade, se não pode e não quer perde-se  a noção da Divindade, mas se quer e se pode, então porque não o faz?
Assim, talvez um dos homens que deu uma resposta mais satisfatória, embora não ausente de falhas foi Santo Agostinho. Agostinho foi um dos primeiros grandes padres da Igreja, que junto com Tomas de Aquino desenvolveu a filosofia para ampliar a teologia.
A idéia do pensador era assim: Na verdade não existe o mal enquanto substância, mas apenas o mal moral e o mal natural. O mal moral é devido ao homem, pelo seu pecado original, pela sua  incapacidade em usar o livre arbítrio que Deus lhe deu , extrapolando os limites do mesmo e incorrendo em erro.  Em decorrência desses percalços aconteceriam todos os males naturais, como enchentes, terremotos e as mazelas que conhecemos dentro da Natureza.
 O mal no sentido metafísico , esse nunca existiu; o que na verdade ocorre é que na ausência do bem, na falta de Deus, surge o mal. É como uma aliança de ouro. No processo de composição da mesma, na sua confecção circular, sobra um espaço em branco um “buraco”. Na verdade, não existe uma substância buraco naquela aliança. O que falta na verdade é o ouro naquele espaço. De igual maneira, não existe o mal, mas apenas a ausência do bem, o que geraria a percepção negativa
Analisando o argumento outros filósofos viram falhas, como Baley, que dizia que embora se possa argumentar que Deus não é culpado pelo mal, da mesma maneira cabe nos lembrar que se foi Deus quem deu o livre arbítrio ao homem e se Deus sabia que esse homem iria extrapolar no uso desse conceito, então Ele de certa forma é culpado  do mal causado pelo homem.
Leibnis também procura modificar a questão da origem do mal.
Em sua idéia, a  Divindade criou o melhor dos mundos possíveis, querendo dizer com isso que ao gerar todas as possibilidades possíveis, o Eterno calculou matematicamente a melhor das situações em que nosso Planeta poderia  existir, e dentro dessas possibilidades teria colocado o mal como variável para equilibrar o sistema, sendo que l no final da equação  os malefícios serviriam para criar vantagem e não perda.
Ou seja, nós enxergamos algo como ruiml, porque vemos apenas em parte, não temos a visão do todo, como Deus, e esse tendo a visão do todo permite essa entropia porque sabe que ela vai colaborar com um Bem  maior no futuro.
Esse posicionamento de Leibniz é chamado de otimismo filosófico e também recebe críticas de Kant, de Voltaire e de Rosseau
Kant acredita, como agnóstico que é, que não existe possibilidade de compreendermos a maioria das questões metafísicas, portanto não há como falar sobre elas. Voltaire, usando como exemplo o terremoto ocorrido em Lisboa em 1775, sustenta  que, de que maneira iríamos argumentar com aquelas pessoas que tiveram seus parentes mortos,? Que de alguma maneira seriam beneficiadas com o ocorrido, que os cães e os vermes e os ratos iriam ser alimentados com o cadáver de seus queridos, que haveria emprego para pedreiros e arquitetos?.
Rosseau por outro lado exime Deus de qualquer culpa, dizendo que o homem é o responsável por tudo de negativo que acontece, porque rompeu com seu estado natural e através de atitudes a de alguns que se apropriaram  das riquezas e criaram as desigualdades  que trouxeram tantas desgraças para a Humanidade.

Enfim, o problema do mal de certa forma continua ainda como algo que não tem uma resposta definitiva e cabe a cada um de nós sempre refletirmos sobre o assunto de maneira a ampliar nossos conhecimentos e tentar amenizar um pouco nossas dores. 

quarta-feira, 25 de maio de 2016

MIL PALAVRAS





Sócrates e Platão foram dois pensadores gregos que deram muita importância aos conceitos absolutos como Verdade, Justiça, Amor, Bondade, Beleza. Pelo pensamento desses dois filósofos  as pessoas deviam buscar a essência das ideias.
Na visão dos sofistas, que eram os precursores dos atuais professores, o importante não era exatamente o conceito absoluto sobre algo, porque para eles não haviam absolutos, mas relatividades, sendo o homem a medida de todas as coisas na concepção de Protágoras, ou seja, o que valia não era o conceito em si, mas aquilo que o homem pensava a respeito dele, e de acordo com as situações e momentos em que estivesse vivendo. 
Naquele processo histórico, a sociedade grega vivia o auge da democracia inspirado no modelo de Atenas Não havia tanta necessidade de  treinar o corpo, as habilidades guerreiras, mas principalmente desenvolver argumentos e de que maneira utiliza-los para convencer, pois a democracia ateniense era direta e pressupunha que os cidadãos dispusessem de capacidades argumentativas para defender seus direitos na Ágora!
De lá para cá, ocorreram diversas mudanças na sociedade, até mesmo a democracia se estendeu a outros povos, em outras dimensões e não havendo mais a possibilidade de uma participação direta, passamos ao modelo representativo.
Mas a capacidade de usar a persuasão, e a oratória para convencer continua, levando a palavra a um status que extrapola sua real importância.

Isso vai contaminando os diversos grupos sociais, que passam a usar a retórica como estratégia para alcançar vantagens nas situações da vida, o que não está errado, desde que esse uso não ultrapasse as noções de ética e convivência ,o que então se transformaria no famoso "jeitinho brasileiro"
No filme Mil palavras, Jack McCall era um agente literário extremamente falante, que conseguia fechar contratos usando de seu grande poder de oratória e persuasão e se utilizando de alguns recursos digamos fora de padrões éticos aceitáveis, como a cena em que para passar a frente de uma grande fila, simulou ter recebido uma chamada telefônica do hospital, onde sua esposa estaria para ganhar gêmeos. 
Jack , da mesmo forma, consegue entrar em contato com um místico com milhares de seguidores e que seria uma ótima aposta para a publicação de um livro. 
Através da persuasão e engodo , consegue assinar um contrato. Qual a sua surpresa quando descobre que o livro tinha apenas 5 páginas.
E o pior: Em seu quintal nasce uma árvore e de alguma forma estranha essa árvore está ligada a ele, e toda vez que  expressa uma palavra cai uma folha. Conversando com o místico, esse lhe explica que possivelmente aquela árvore simbolize a sua vida, e que cada verbalização faz cair uma folha, uma metáfora da sua força vital que está se esvaindo e possivelmente ao cair da última folha ele irá morrer.
Jack se desespera e então tem início as tentativas de falar o menos possível, inclusive usando o artificio de mímica.
Bem a película continua e o final é muito interessante, mas o que quero usar como reflexão é que Jack era um homem que acreditava no poder das palavras, das realizações humanas, mas pouco se interessava pelo silêncio, pelo ouvir da voz interior, de sua consciência e espiritualidade. A árvore que ia perdendo suas folhas simbolizava o próprio Jack que necessitava cuidar de si mesmo de sua interioridade, desenvolver suas competências espirituais, exercitar o perdão, e enxergar o mundo de forma diferente.
Igualmente podemos aprender sobre a importância das palavras ditas no tempo certo, não desperdiçada em conversas frívolas, ou servindo simplesmente para convencer, ou para diminuir pessoas, o que é muito comum em nossa sociedade.
Como reagiríamos, se soubéssemos que temos apenas mil palavras? Quais delas elegeríamos para nos expressar, e quando falar e para quem falar?

terça-feira, 24 de maio de 2016

A LÓGICA DO CISNE NEGRO


A maioria dos brasileiros com certeza estudou em escola pública e nos últimos tempos, talvez possamos dizer de uns 20 anos para  cá, a educação passou por diversas transformações, algumas positivas, outras não.
As que considero positivas se referem a universalização do ensino, haja vista que tínhamos uma escola altamente seletiva, onde apenas alunos de uma determinada classe social conseguiam frequentar as salas escolares, sendo a grande massa alijada do processo educativo.
Outra vantagem se deu na questão pedagógica, onde diversas maneiras de se perceber o aluno, a aprendizagem e o ensino revolucionaram o modo de dar aula. Um dos métodos mais atuais é o Construtivismo que em linhas gerais diz que o aluno é o centro da aprendizagem,  só se constrói o conhecimento em interação com o meio ambiente, sendo fundamental criar um conflito cognitivo para que o mesmo pouco a pouco fosse se aprimorando naquilo que sabe.
Podemos também elencar que foram criados sistemas de avaliação como o SAEB O Saresp e outros indicadores para avaliar se realmente o estudante estava evoluindo.
Apesar disso, é preciso destacar que também aconteceram retrocessos.  Com a universalização do ensino as classes ficaram superlotadas, e o professor não estava preparado para trabalhar com crianças e jovens tão diferentes em personalidade e na maneira com que aprendiam. Isso gerou um estresse muito grande nos educadores, e de certa forma impediu que eles tivesse tempo para dar a atenção a todos os educandos, visto que sendo a sala muito lotada isso se tornou inviável, diminuindo assim a qualidade do ensino.
Outro fator foi a perda da autoridade do professor, com o deslocamento da importância do ensino ligada a aprendizagem dos estudantes.
Enfim, o que quero destacar é que diante das situações acima expostas, a educação da maioria  é deficitária e nos permite apenas uma base  dos principais conhecimentos necessários para atuarmos em sociedade.
Certamente que na Matemática não tem sido diferente, inclusive no próprio  PISA que é um exame que mede a capacidade dos adolescentes em termos mundiais constatou-se que o Brasil é um dos últimos na matéria.
Isso diminui muito a capacidade lógica de todos nós.
Desde Aristóteles aprendemos que há duas formas principais de pensamento para alcançarmos o conhecimento. Um deles é o pensamento dedutivo que parte de premissas particulares para inferir conceitos gerais, e o outro método é o indutivo, que parte de premissas gerais para se eleger conhecimentos particulares. Inclusive o método científico se utiliza da indução, embora saibamos por estudos mais recentes que ambos os métodos tem suas limitações e muitos autores criaram outros tipos de lógica para dar conta da complexidade do mundo.
Usando como exemplo o método indutivo temos:
Não foram avistados cisnes negros em nenhum continente
Logo os cisnes negros não existem.
Vejam, a partir de um exemplo geral, tenta-se inferir uma idéia universal. Mas diferente da dedução, ocorre  uma generalização, porque não há como vasculhar cada pedaço de território de um continente para saber se não existe realmente um cisne negro.
Até que algum  dia encontram um cisne negro na Austrália.

 Nassim Taleb escreveu um livro que chamou de A Lógica do Cisne Negro. O autor nos passa a mensagem de que  vivemos  limitados por um pensamento que alcança apenas a média. A média do que vivemos, do que cremos, do que vemos.  É o chamado senso comum a que nos acostumamos, não tendo a facilidade de ir além do usual.
O extremo  portanto são os cisnes negros.ou seja, acontecimentos que fogem a nossa capacidade de raciocínio, que estão além da  pueril imaginação, que ferem e extrapolam o senso comum.
Quer um exemplo de cisne negro. ? Os atentados de 11 de setembro são um modelo clássico de eventos que ninguém imaginava, talvez até algumas intuições do cinema como o filme Nova York sitiada, mas nada como os acontecimentos ocorreram. A reeleição do Presidente Luis Inácio da Silva no Brasil...... o crash da Bolsa em 1929,

Pouquíssimas pessoas estão preparadas para antecipar o aparecimento de um cisne negro, e isto pode ser a diferença entre o fracasso e o sucesso ..
Trazendo isso mais para a nossa realidade, em acontecimentos da nossa vida pessoal, em que medida temos a capacidade de nos antecipar? Baltazar Grácian em seu livro a Arte da Prudência nos dava , entre tantos, exatamente esse conselho: Aprenda a antecipar.
É claro que só conseguiremos isso se tivermos uma boa base de conhecimento, estarmos antenados com o que acontece ao nosso redor e do mundo e  usarmos um pouco de Matemática, ou as probabilidades. Sempre entender que a maioria de tudo que acontece são probabilidades e compreender um pouco isso é fundamental para obtermos vantagens importantes em nossa vida pessoal e Profissional.
E vocês... estão preparados para antecipar cisnes negros?





segunda-feira, 23 de maio de 2016

IDEIAS QUE FUNCIONAM



Penso que as vezes somos muito teóricos, vivendo em um mundo de ideias, repleto de teorias que tentam explicar ou mesmo identificar critérios para conquistarmos uma vida melhor.
Creio que uma das maneiras mais eficazes de percebermos se algo é bom para nós, é que haja funcionalidade, que sirva para melhorar a qualidade de Vida, que agrega algum valor ao nosso dia a dia.
Dessa forma resolvi postar duas situações em que tive como experiência prática e resultaram em satisfação pessoal, e de certa forma melhoraram minha vida.
A cerca de 2 anos vinha sofrendo com uma verruga em um dos dedos da minha mão esquerda e entendendo que a questão era simples, procurei esperar que o tempo fizesse o trabalho dele, mas foi em vão... algumas receitas caseiras como passar alho foram tentadas mas nada. 
Até que enfim , descobri uma indicação de que vinagre de maça era eficiente. Comecei a usar todos os dias, massageando com um algodão o local. Qual não foi minha surpresa quando, depois de algumas semanas, simplesmente a verruga desapareceu....
Apesar de ser algo bem simples, é bastante incômodo e fiquei feliz em testar algo tão natural e obter um resultado tão interessante e prático.
Então se você tiver problemas com verrugas, ao invés de ir ao médico e gastar na farmácia, experimente essa ideia prática. No meu caso funcionou.
Outra situação real que me aconteceu foi em relação a um objeto, nesse caso específico um pendrive. Havia muitos arquivos, de músicas e livros. Mas há alguns dias tive uma surpresa desagradável ao perceber que os arquivos haviam sumido, embora o pendrive acuse que os arquivos estão lá. Simplesmente ficaram invisíveis.
Pesquisando na Internet , descobri que isso é causado pela ação de um vírus mais recente específico para pendrives, que tornam os arquivos ocultos.
Depois de verificar em vários sites os procedimentos e testar alguns sem resultados práticos apareceu a solução.
Se acontecer algum dia com você, simplesmente vá em Iniciar - Executar - digite CMD  vai abrir uma tela preta ( DOS).. Então digite CD e logo após, o nome do seu pendrive ( normalmente é uma letra que fica entre parenteses).....
Feito isso, digite essas letras                 attrib -s -h -r -a /s /d e automaticamente todos os arquivos vão aparecer no seu pendrive.
Eu experimentei essa ideia e funcionou também, portanto posso dizer que é uma intervenção eficaz. 
Na vida, vale mais a funcionalidade do que muitas teorias!                          

FESTA JUNINA!

Ontem fui ao arraial de Lajeado, fazia um tempo que não ia ver as quadrilhas dançarem nas festas juninas. O povo do norte e nordeste brasile...