terça-feira, 14 de outubro de 2014

CANADENSE COLOCA BEBE NO FREEZER PARA BAIXAR FEBRE


A namorada do canadense Derrick Hardy deixou o rapaz tomando conta de sua filha de 10 meses e, quando voltou para casa, encontrou o bebê no freezer, espremido em meio a pacotes de gelo e hambúrguer. Tamanha crueldade foi, na verdade, uma tentativa do rapaz para baixar a febre alta da menina. Segundo Derrick, ele já havia tentado por uma toalha molhada na testa do bebê e levá-lo para dar uma volta ao ar fresco. Levado à delegacia, Derrick admitiu à polícia o óbvio: não leva o menor jeito para cuidar de crianças. Já a mãe da menina, por não ter percebido isso, perdeu a guarda da criança, que ficou com a avó materna.
Fonte Revista Veja

domingo, 12 de outubro de 2014

SOMOS FEITOS DE HISTÓRIAS


Talvez o início da teoria materialista tenha acontecido 500 anos antes de Cristo , quando um dos filósofos da Antiga Grécia, Demócrito, dentre as suas muitas inferências tenha concluído que o ser humano é feito de átomos. 
É claro , que nas teorias da  ciência moderna somos átomos, moléculas, e nossos pensamentos e intenções são  apenas  impulsos elétricos.
Seríamos então somente isso? A vida se esgotaria apenas num sentido prático e inexorável de uma lei evolucionária de seleção natural, onde os que se adaptam sobrevivem?

O que posso afirmar sobre tudo isso, sobre essas ideias da ciência é que, embora possamos acreditar   não consigo " enxergar esses átomos e esses impulsos elétricos, nem mesmo essa seleção natural"
Mas isto não quer dizer que não ocorram . Afinal, também não posso ver Deus, o vento, o amor, a imaginação, e no entanto acredito em todos eles. Não se resumiria tudo em apenas se crer?,
Somos um pouco de tudo, temos em nós a soma de todas as vivências, do que fizemos, do que pensamos, do que comemos, do que escolhemos, somos o que os outros pensam também!
Cada um faz a sua história , cada um carrega o dom de ser feliz, com seu modo de ser e de pensar
Ao sair do ventre de nossas mães , começamos a tecer a nossa história. É claro que somos seres de cultura, somos moldados pelo meio social em que estamos, e assim muitas escolhas não foram nossas, muitas histórias nos foram, contadas e acabamos por coloca-las no rol de nossas vivências.
Mas há sempre um tempo em que já estamos aptos a escolher, temos essa possibilidade pela maturidade de nossas emoções e pensamentos, nem que seja pelo impulso que existe em cada um de nós de afirmar a sua existência.
E penso que, no fim de nossas vidas, no leito de despedida, o que virá em nossas memórias, será um mosaico de tudo aquilo que fizemos e deixamos de fazer, nossas mais belas e tristes vivências. A linha com que tecemos nossas histórias, a nossa intenção, o nosso desejo, por fim finalizará o grande rolo de nossa história que se chama Existência!!!

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

CHEIOS DE VAZIOS



Estamos acostumados a viver em ambientes repletos de objetos, de pessoas, de coisas para fazer , de pensamentos e sentimentos que povoam nossa mente.
Precisamos estar com pessoas, inseridos na multidão, pois muitas vezes a solidão é uma realidade que nos assusta.
O Universo parece repleto de matéria, pois para onde olhamos vemos objetos "sólidos", matéria que sentimos, podemos apalpar e perceber sua espessura.
Buscamos a todo custo preencher o nosso interior com pensamentos, com ideias com projetos com sensações... fugimos do vazio.
Mas será que realmente este Universo, a vida, nós , estamos assim tão repletos?
A ciência tem demonstrado que o total de matéria existente no Universo corresponde no máximo a quatro por cento de tudo que vemos, o resto é a matéria escura, ou seja Vazio,
A Física quântica nos ensina que no interior da matéria, mais especificamente nos átomos, o vazio predomina, tirando algumas partículas básicas, a estrutura da matéria é formada de imensos vazios.
Como somos feitos de átomos podemos supor de igual maneira que dentro de nós também existem grandes vazios.
Então o grande desafio é perceber que estamos rodeados muito mais por vazios do que por matéria.
O budismo tem um conceito muito interessante, talvez um dos pilares da doutrina budista. Chama se vacuidade.
Para eles não há  coisas em si mesmo, porque toda a Natureza é perpassada por grande interdependência. Não existe uma árvore em si, pois ela dependeria de fatores externos como o clima , o solo, e de fatores internos como suas partes formadas por folhas, tronco e frutos. Existe o conceito árvore e entendemos quando alguém nos fala sobre ela, mas ela em si é vazia de significados e  essência
Assim também é uma ilusão acreditarmos que temos ou somos um "eu". Temos a percepção de algo em nós gerencia  pensamentos e sentimentos, mas de fato o eu é uma ideia distorcida formada por uma mente que se apega, que deseja.
Assim, se existem grandes vazios, se há grande interdependência há uma infinita possibilidade de mudanças. 
Muitas pessoas confundem o vazio com o Nada, mas o conceito budista se refere a Vazio como um grande mar de possibilidades, pois se não existe nada definido, nada sólido, tudo pode ser mudado , transformado. Não somos isto que pensamos hoje, podemos mudar, não somos os rótulos que a sociedade nos coloca, pois vazios em si mesmos, podemos nos transformar em qualquer possibilidade.
Essa percepção de vacuidade nos liberta das prisões cotidianas, dos relacionamentos fracassados, da vida rotineira.... sempre é possível  mudar, pois não somos sólidos, mão somos fixos, somos possibilidades!!!!
Poderíamos até fazer um paralelo entre essa ideia de vazio e ausência de ego ,na proposta do apóstolo São Paulo " Não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim." Eu nada sou, vazio, cedo o meu imenso vazio para que Deus, essa Energia da vida venha me preencher!!! Deus, o potencial maior de todas as possibilidades!!!

domingo, 28 de setembro de 2014

SÓ QUEREM O TEU FRUTO

Quando lançamos uma semente ao solo, temos a intenção e o desejo de ver nascer, ali, naquele espaço uma grande e bela árvore, que nos dará sombra, prazer e principalmente frutos.

Mas será que temos noção de todo o processo necessário para que um dia essa árvore produza?

Ao ser lançada ao chão a semente tem que deixar de existir, para que dela possa brotar uma nova vida. Esta vida não será mais a semente, mas a potência a ser transformada em árvore.

E os desafios são imensos. É preciso um solo adequado, calor e umidade na medida certa, muita água......
A pequena árvore vai crescendo, vencendo grandes desafios... talvez uma praga em determinada parte de seus galhos, talvez a dificuldade das raízes ao encontrarem pedras no meio de seu caminho, um inverno rigoroso, uma estação de seca prolongada.
As raízes vão se aprofundando no solo, o tronco começa a se tornar vigoroso, os galhos vão se estendendo, as folhas cada dia mais belas, a árvore vai tomando os contornos de uma vida adulta.
Podemos comparar o desenvolvimento de uma árvore ao desenvolvimento humano. Uma pequena semente lançada , em meio a milhares de outras sementes tem a difícil missão, de ser ela, a única a fecundar um óvulo, e para isso precisa além de ser melhor que as outras sementes enfrentar muitas situações de perigo. Vencidas essas situações o processo se inicia e por nove meses o pequeno ser se instala no útero de sua mãe.
Nasce, começa a se desenvolver, dá os primeiros passos, as primeiras palavras,  o processo de alfabetização.E assim vemos a formação de todos os seres humanos.
Por fim chegamos a idade adulta, com todas as responsabilidades que esse momento coloca sobre nós, e pouco a pouco vamos perdendo aquele fio condutor que nos liga as nossas origens, a todo nosso processo de ser. 
Sim, porque há um grande processo envolvido na formação de um ser humano, desde que este sai do ventre de sua mãe. 
Muitos cientistas estudaram a formação e o desenvolvimento humano. Temos Piaget com a teoria do construtivismo, com as fases de desenvolvimento das crianças até alcançarem o pensamento formal.
Também Vigotysky ensina que a cultura é fundamental no desenvolvimento da pessoa , que somos mediados por signos e nossa relação com o mundo não é direta, mas precisa da intervenção humana.
No entanto, vivemos dentro de um modelo de sociedade que não valoriza as histórias humanas, que não se preocupa com os processos, com os sonhos, os ideais. Simplesmente quer sugar o melhor de nossa juventude, de nossa vida adulta , e no final entrega o bagaço.
Esse mundo quer de nós apenas o nosso fruto. Quer resultados, valoriza apenas pessoas que tenham algo realmente importante, que ofereçam benefícios , que se deixem sugar
Sem dúvida, os frutos são o coroamento de todo um processo, mas não existiriam se cada fase desse processo não  tivesse sido trabalhada e desenvolvida. 
Muito mais do que frutos, temos uma história, uma vida, uma essência que não pode ser ignorada!

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

ETERNO RETORNO


Fiz algumas provocações hoje na sala dos professores, devido a questão da eleição de Tiririca.
Voto de protesto, voto "jogado fora", afinal, imagine votar em um palhaço, e além do mais analfabeto.
"Mas isso não tira a capacidade de ninguém, questionei" Outra professora argumentou " Esses políticos, todos deveriam ter nível superior, " Mas desde quando nível superior, redargui eu, é sinônimo de sensatez política.?" Hitler era estudado, até pleiteou um espaço na Academia de Artes Alemã, mas foi rejeitado, e Hernan Cortês, explorador espanhol dizimou os astecas, assassinou mulheres, crianças, idosos, tudo em nome do ouro . Detalhe: Ele tinha nível universitário, estudou em universidades europeias da época Outro professor argumentou que só conseguiríamos mudar o Brasil se votássemos em partidos grandes como PMDB PSDB e PT . Contestei a ideia citando  que para ser grande os partidos um dia foram pequenos, dando como exemplo a experiência do PT que cresceu muito após o fim da Ditadura militar 
Enfim, uma das professoras comentou que somos todos corruptos, porque afinal no início de tudo isto aqui, fomos colonizados por bandidos. Neste ponto concordei, pois no início do processo de colonização, Martin Afonso de Souza trouxe diversos degredados de Portugal para lhe auxiliarem. 
Mas o tema  foge a questão do caráter do brasileiro. A maneira como fomos colonizados e por quem o fomos diz muito do que somos.
Uma colônia que era obrigada a viver exclusivamente em função da Metrópole, com uma imensa burocracia, e uma política que privilegiava apenas os "amigos" criando uma estrutura familiar onde o público se misturava com o privado , além de uma  economia baseada na monocultura, engessaram o jovem País por muitos anos. E Portugal, apesar de grande potência na época, não tinha uma administração competente e esse modelo também foi inserido na colônia. 
Mesmo nosso processo de independência foi limitado. Levado a frente pela aristocracia da época, tendo em José Bonifácio seu exemplo maior , o projeto emancipatório passou de longe pela participação popular
E assim foi por todo o IMpério. Nossa primeira Constituição, de 1824 foi outorgada, ou seja imposta pelo Imperador, que além dos três poderes , tinha um quarto: O Poder Moderador, que era exercido é claro, pelo imperador.
A proclamação da República também passou quase que desapercebida pela população, impetrada por um golpe militar, dentre os muitos que ainda iriamos viver.
Então fica fácil compreender porque Tiriricas e Malufs continuam vencendo. Temos a síndrome do Eterno Retorno da qual falava Nietzsche. Para o filósofo, de certa maneira, estamos condenados a sempre repetir fatos, histórias, tragédias, guerras, talvez em roupagens diferentes, mas sempre com o mesmo molde. 
Politicamente sempre fomos frágeis, sempre deixamos nas mãos dos poderosos os destinos de nossa Nação e continuamos a repetir o mesmo comportamento ano após ano.

Seria o Eterno retorno algo inexorável ou teremos nós a ousadia de quebrar o ciclo de repetições e fazer algo realmente novo?

O tempo dirá!

sábado, 20 de setembro de 2014

VOCÊ É MAIS DO QUE SEU QI


Durante muito tempo a Psicologia se interessou por bases comportamentais do ser humano para procurar entende-lo. 
Essa escola de pensamento recebeu o nome de behaviorista ou comportamentalista e teve em John B. Watson  seu principal defensor vindo a ser conhecido como behaviorismo clássico, muito embora Skinner iria representar uma outra ala de um pensamento mais radical..
Em geral os behavioristas acreditavam que o ser humano era controlado totalmente por condicionamentos externos, a exemplo das teorias do russo Ivan Pavlov que fez experiências com cães onde ao apresentar comida para eles, salivavam. Depois trazia a comida e apertava um sinal. Passado um tempo, tirou a comida, mas os cachorros quando escutavam o sinal salivavam. Portanto tinham sido condicionados a terem aquele comportamento. Partindo dessa ideia, os behavioristas acreditavam que podiam através de estímulo e resposta condiconar o comportamento de qualquer ser humano.
Percebemos que essa teoria reduzia a pessoa a seu comportamento. Questões subjetivas como sentimentos, vontade , pensamentos, percepção, não eram levados em conta..
Bastava reforçar atitudes positivas para alcançar comportamentos desejáveis e dar respostas negativas a maus comportamentos, de maneira que eles acabassem por desaparecer.
Nossa educação pensou o ser humano dessa maneira , por muitos anos, e até mesmo hoje, convivemos  com resquícios dessas ideias em nossas escolas, nos lares, nas igrejas, enfim na sociedade.
Alguns anos se passaram e Alfred Binet criou o famoso teste de QI,  embora não fosse exatamente a ideia que o cientista queria para sua experiência,ela foi usada para conceber a inteligência como algo genético, que teria uma grandeza determinada em cada pessoa e que aqueles que nasciam com alto quociente eram sortudos enquanto os outros nada podiam fazer.
Mas havia muitos outros cientistas pesquisando e contestando tais afirmações. 
Daniel Golleman , no início dos anos 80 lançou o livro a Inteligência emocional, onde postulava a existência de outros fatores que faziam de alguém inteligente, além de simples testes de aferição lógica matemática.
Finalmente, nos tempos atuais temos uma outra teoria sobre a inteligência.
Hovard Gardner cientista americano há mais de 30 anos em estudos  lançou um livro com o título de Inteligências múltiplas.
Nessa teoria o autor postula que temos oito tipos de inteligência : a lógica-matemática,a linguística  a espacial,a corporal cinestésica a musical, a intra pessoal, a interpessoal, a naturalista
Assim a lógica-matemática é a capacidade de lidar com números, a linguística a facilidade em redigir e compreender diversos gêneros textuais a espacial, facilidade com mapas, localização, a cinestésica , o talento em expressar-se com o corpo,a intrapessoal , talento para gerenciar seu mundo interior, a interpessoal, facilidade em fazer amigos e se comunicar, a naturalista, própria de biólogos que conseguem ter contato com a Natureza e seus ecossistemas. O autor ainda teoriza sobre uma nona inteligência que seria a existencial, própria de místicos e religiosos.
Apesar de a teoria não poder se valer de medições de cada tipo de inteligências, foi recebida com entusiasmo por muitas escolas e educadores que implantaram seus preceitos.
Acredito que temos uma capacidade infinita que nos foi dada pelo Criador, e que se bem direcionados poderemos alcançar níveis jamais pensados pelo ser humano.
Prefiro pensar que temos muitas inteligências e que podemos desenvolve-las. É claro que não seremos bons em todas, mas conseguiremos melhorar e muito nossa performance.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

A HORA DA ESTRELA


Por vezes, nossas vidas são como colchas de retalhos, mostrando tantas divergências,  situações, histórias mal vividas, momentos não resolvidos. Temos uma rotina diária, massificados por uma estrutura social que delimita muito bem nosso espaço geográfico, até onde podemos pensar e exercer nossa "cidadania".
E as amarras são fortíssimas, por mais que sejamos conscientes, que tenhamos um forte senso crítico, não há espaço para crescer, expandir nossas possibilidades. A angústia nos consome e nos cobrimos com a mediocridade.
Talvez a alguns leitores , isso possa parecer um desabafo, um momento de pessimismo. Mas é o puro retrato em que vive a maioria dos sete bilhões de seres humanos que existem no Planeta.
Me faz lembrar Mácabea personagem do livro a Hora da Estrela de Clarice Lispector: Pobre, feia, sem dotes intelectuais, sem carisma, a personagem passeia pelo livro desfilando suas limitações.
Sem saber mesmo quem é, e assim não ter condições de se impor, começa namorar , mas é trocada pela amiga de serviço cujo pai era açougueiro e propiciaria a Olímpio de Jesus uma chance de melhorar de vida.
Desolada, procura conforto em uma cartomante que lhe diz  que teria seu momento de glória, e que isso viria através do "estrangeiro"
De fato , ao sair da cartomante , Mácabea é atropelada por Hans , que dirigia um Mercedes Bens. Assim, a personagem tem sua hora da estrela, seu momento de libertação, onde idosos, mulheres, crianças, jovens, todos a olham ali, caída sem vida no chão!
Como é temeroso perceber que muitos de nós vivemos situação parecida. Muitos sem estudos, sem condições de ascensão social, fora dos padrões de beleza e de status  promovidos pela mídia,. caminhamos como Mácabea, em cidades que não foram feitas para nós,. como estrangeiros em terras estranhas.
Aníbal general cartaginês cunhou uma frase célebre " Se não existe um caminho, tratemos de criar um"
Vamos tomar uma atitude radical. Vamos sacudir esse comodismo, essa mediocridade... Medíocre é fazer sempre as mesmas coisas, é se conformar com o que somos, acreditando não haver saídas, e viver na nossa zona de conforto sem mudanças. e pensar que não temos mais idade para sonhar.....
A hora de estrela de Macabea, não pode e nem deve ser nosso destino!
Vamos criar outros caminhos... uma hora tem que dar certo!!!

FESTA JUNINA!

Ontem fui ao arraial de Lajeado, fazia um tempo que não ia ver as quadrilhas dançarem nas festas juninas. O povo do norte e nordeste brasile...