O ratinho que queria
voar
O ratinho tinha
descoberto que os pássaros possuíam a faculdade de voar e desejava poder
imitá-los. Que fantástico seria poder voar bem alto, de uma forma tão rápida e
suave, e ver o mundo a seus pés! Passava as horas a contemplar o esvoaçar dos
passarinhos, cada vez mais obcecado com o sonho que sua mente tinha criado.
Assim, cheio de
entusiasmo, começou a colecionar penas soltas, que encontrava espalhadas sobre
a erva do campo. Rapidamente juntou uma quantidade suficiente delas para dar um
novo passo em seus planos. Com essas penas, construiu duas pequenas asas, subiu
ao ramo mais alto de uma árvore e, abrindo suas asas, lançou-se no ar, disposto
a voar.
Vejam só o que
aconteceu. Nosso ratinho caiu de focinho no chão. Que queda espetacular! Quando
recuperou os sentidos, verificou que tinha partido duas patas e numerosos
dentes. Foi milagre não ter morrido.
Durante sua longa
convalescença, o ratinho pensou no que lhe acontecera e compreendeu que tinha
feito mal ao tentar voar como os pássaros. Agora, que não podia utilizar suas
patas porque estavam engessadas, teve saudades do prazer de correr, saltar,
andar, brincar e poder aproximar-se de um belo queijo para trincar, ou apanhar
pinhões, ou… tantas outras coisas!
Com o tempo, o ratinho
curou-se e pôde voltar a correr. Estava contente com as patinhas que a Natureza
lhe tinha dado. Os pássaros que ficassem com o céu, pois ele já tinha muito com
que viver sobre a terra! A partir dessa experiência, o ratinho foi muito mais
feliz.
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