Falamos muito em amor, e de certa forma a maioria de nós persegue esse sentimento, afinal quem não quer ser amado?
Podemos comparar as palavras como se fossem cestos onde vamos depositando os sentidos e vão se passando os anos, e aquele conceito começa a receber os mais diversos significados e pouco a pouco se torna difícil tentar defini-lo. Da mesma forma as vezes a palavra é tão usada, tão citada que seu significado começa a ficar desgastado.
Com o amor acontece isso. Amar para muitos é significado de falta como na conversa de Sócrates e seus amigos no Banquete de Platão. Falta porque só amamos o que não temos, o que desejamos Na medida em que adquirimos o que queremos, esse amor e esse desejo se esvaem. Podemos dar o exemplo de uma criança que quer apaixonadamente um brinquedo. Enquanto não o tem, chora, demonstra toda a sua ansiedade e insatisfação a seus pais. Mas no momento em que recebe o presente, e com o passar dos dias, aquele amor vai se dissipando, e logo veremos o brinquedo jogado num canto, e assim começa a se amar outro objeto e o ciclo se mantém.
Há os que enxergam o amor como incompletude, como busca pela outra metade, conceito esse também discutido no Banquete e que se refere ao mito dos andróginos. Nesse mito homem e mulher existiam em um mesmo corpo, mas por ira dos deuses foram separados.... assim a busca eterna pela união perdida.
Os amantes pensam o amor como união perfeita entre pensamentos, corpos, atitudes e esperanças. Um amor que se apropria do outro, que possui a alma amada e a quer somente para si.
Os religiosos acreditam no amor ao próximo, um amor que se projeta no cuidado do outro.... há ainda o amor de mãe, o amor a nossos objetos, o amor as causas políticas , as grandes amizades....
No entanto, se analisarmos de maneira mais profunda todas essas formas de amor, vamos percebendo que algumas são na verdade apegos que desenvolvemos pelas pessoas e objetos.
Esse apego , vai se tornando a cada dia mais arraigado, ao ponto de gerar emoções negativas.
Krisnamurthi pensador e místico , em um de seus ensinamentos nos diz que o amor é uma chama sem fumaça.
Para ele, o sentimento em questão é fruto do pensamento, visto que o pensamento é material, está situado no tempo e o amor, está fora do tempo não é produto do cérebro, que é um mecanismo que registra sensações e o amor pregado por Krisnamurth não é uma sensação, mas um estado de Ser, que não pode ser adquirido, nem mesmo cultivado... simplesmente nasce em nós.
Todavia, estamos acostumados a ter apenas a fumaça... ciumes, apego, insatisfação, ódio, e nossas mentes estão repletas dessas emoções.
Todavia, estamos acostumados a ter apenas a fumaça... ciumes, apego, insatisfação, ódio, e nossas mentes estão repletas dessas emoções.
Amor é como uma flor plantada a beira do caminho.... ela não pensa em oferecer aquele aroma apenas a algumas pessoas que passam por ali... seu perfume é para todos!!!!
E pra você o que é o amor?
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