Quando em 1999 assistimos o filme Matrix, muitos viram o futuro da Humanidade, ou seja, em síntese a luta entre as máquinas e o homem.
Passados 20 anos do primeiro filme, e inseridos em uma transição tecnológica nunca vista antes na história (se bem que como nas palavras de Alvin Tofler a Primeira Onda , a Revolução Agrícola foi profunda e remodelou todo o contexto em que o homem vivia) estamos diante de uma situação no mínimo complicada: Como dar continuidade a nossa vida profissional, de maneira que não sejamos removidos de nossas funções por pessoas mais qualificadas ou em último caso pela IA?
A questão não é somente buscar a requalificação profissional, porque a enfase do mercado está focado em uma transformação digital que não é fácil de ser assimilada por profissionais com mais de 40 anos, que normalmente tem sedimentado noções, comportamentos conceitos que não podem ser simplesmente jogados fora, e inseridos outros conceitos. Nosso cérebro não funciona dessa maneira, seria preciso um bom tempo para tentar reaprender novas habilidades.
Da mesma forma quando se fala em desenvolver habilidades socioemocionais elas não podem estar segmentadas, mas virem acompanhadas igualmente de uma estrutura cognitiva fundamentada em habilidades técnicas específicas: De nada adianta um profissional empático, tolerante, que saiba negociar, sem no entanto possuir um cabedal de conhecimentos técnicos próprios de sua área de atuação.
Conseguir desenvolver -se cognitivamente para sair-se bem em tempos de transição,e ao mesmo tempo trazer em si qualidades emocionais e humanas é a chave . mas sem dúvida uma tarefa árdua, que não será levada a cabo, sem políticas públicas específicas, uma conscientização das pessoas da importância dessas mudanças e do lado das empresas uma mudança de mindset, enxergando seus profissionais como o grande capital de gestão.