sábado, 5 de agosto de 2017

ARETE

Muitos definem Felicidade pelos bons momentos em que viveram, pelo que sentiram, usando assim critérios subjetivos. Poderíamos dizer então que felicidade é algo relativo a cada pessoa .
Existiria uma Felicidade objetiva? Haveria critérios para se avaliar se alguma pessoa é feliz ou não?
Ontem li um artigo que versava sobre esse tema. È vem de uma fonte grega de mais de 2000 anos e seu nome é Aristóteles.
Para o pensador a felicidade é sim, objetiva, e devem existir critérios para dizer se alguém é feliz ou não.
Resumidamente poderia se dizer que a palavra grega  eudaimonia, traduzida por felicidade carrega dentro de si uma significação mais rica e profunda.
Seria algo assim como Florescimento ou vida boa e assim não dependeria, como pensamos hoje apenas de momentos felizes, mas pelo contrário, de uma série de critérios, uma construção que duraria uma Vida e além dela mesma.
Alguns critérios objetivos para que alguém pudesse ser feliz de acordo com o filósofo seria a pessoa ter amigos, ter uma boa sorte, compreender sua finalidade dentro do Cosmo organizado e assim desenvolver as virtudes, buscando nelas sempre o meio termo.
E é claro, sem deixar de lembrar que o conhecimento, a contemplação seria, talvez a suprema virtude, o que de fato, poderia fazer com que trancendessemos nossa natureza
Aristóteles parte da ideia de que cada ser existente na Natureza tem uma finalidade. O olho tem a finalidade de enxergar, á agua tem a finalidade de molhar, e assim por diante. Se dentro desse conceito, nós como seres humanos descobrirmos nossa finalidade, nos encaixaríamos dentro do padrão organizado do caos e teríamos grandes chances de sermos felizes.
E todo esse florescimento , é claro demandaria um esforço, uma construção que dia após dia nos levaria a excelência.
Aretê seria mais ou menos a concepção dessa ideia de desenvolvimento como um todo.
Os gregos acreditavam que o homem deveria ser educado em todas as dimensões, assim valorizavam principalmente a educação Física, as Artes como a música e a gramática.
Algum tempo depois, além desses conceitos, alinhou-se também a noção de cidadão, o que os levou a valorizarem a oratória e a retórica, por para ser cidadão era preciso discursar no Ágora e lutar pelas suas ideias.
É claro que o Aretê se alinha com o conceito da felicidade, da vida boa , porque ao maximizar minhas virtudes , alcanço a excelência e assim vivo mais feliz.
Dizem até, que na ideia em um sentido mais amplo, até depois da morte poderia-se ser mais ou menos feliz, dependendo da sorte que teriam nossos descendentes. Se um filho, perdesse os bens deixado pelos pais , essa felicidade seria menor, o morto seria menos feliz, teria uma vida menos boa. Ao conrário, se o filho enriquecesse então o morto teria a felicidade aumentada.
Assim, entende-se a diferença do que se pensava em termos do que era felicidade nos tempos gregos e a atual. Perdeu-se muito em termos de conceitos, em qualidade de existência. 
Hoje, não florescemos mais em todas as dimensões, porque estamos preocupados em apenas sentir, aproveitar intensamente o momento, como se tudo fosse fugaz. Não existe mais uma construção, um legado!

FESTA JUNINA!

Ontem fui ao arraial de Lajeado, fazia um tempo que não ia ver as quadrilhas dançarem nas festas juninas. O povo do norte e nordeste brasile...