Cada ser humano tem um gosto, particularidades que definem em seu espírito , o que entende por belo. E todos nós, na maioria das vezes optamos pelo belo, por aquilo que faz bem aos nossos olhos, pelo sentimento de paz que uma obra de arte nos trás no íntimo.
Dizem alguns autores que tudo o que somos, temos ou fazemos giram em torno de três aspectos: O Verdadeiro, o Belo e o Bom. É claro que hoje poderíamos adicionar mais um quesito: O útil, afinal nessa sociedade atual, nem sempre o verdadeiro é mais importante, desde que seja útil, não precisa mesmo nem ser belo e bom!!!
Assim, caminhamos pela vida, sempre com os olhos direcionados na busca da Beleza, o que nem sempre conseguimos alcançar.
Mas a questão pode ser aprofundada, afinal além de buscarmos essa beleza para a nossa existência , de valorizarmos na vida exterior aquilo que enleva nossa alma, por que também não buscamos criar em nós, na maneira como vivemos e existimos no mundo ,uma obra de arte,apresentarmos a sociedade uma maneira diferenciada, estética e bela de Ser?
O filósofo Michel Foucault tem uma ideia que nos remete a essa prática. Para ele é importante o cuidado de si e revisitando os antigos gregos nos fala das técnicas de si, ou seja práticas e exercícios diários que muitos homens daquela época tinham, uma espécie de ascese, onde o exame da consciência, a interpretação de sonhos, um cuidado com seu corpo, com sua alma eram uma maneira de se diferenciar da maioria, uma possibilidade de estetizar a existência e também uma forma de resistência a uma sociedade , que em todos os tempos quer sempre nos massificar.